A SOLUÇÃO É INVESTIR EM TREINAMENTO
- Claudia M. Ordine
- 1 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
Desde a muito tempo já acompanhamos, no meio empresarial, discussões sobre a eficácia e o valor de se investir em treinamento e desenvolvimento de pessoal na área “comportamental” ou não técnica. São diversas as opiniões e a questão maior fica como mensurar e avaliar financeiramente os resultados de tais investimentos e como garantir que eles sejam eficazes.
Dentre as inúmeras explicações, já difundidas no meio empresarial, sobre os possíveis motivos para as falhas dos investimentos em treinamento e desenvolvimento de pessoal os principais são: falta de comprometimento da alta direção; falta de foco do investimento nas reais necessidades e problemas; falta de vínculo do investimento com o planejamento estratégica da empresa; dificuldades de medir o custo benefício dos investimentos.
O desempenho geral de uma organização depende, da interação entre duas variáveis: individual e institucional. A variável individual, está no âmbito do individuo que atua na organização. Ela diz respeito, as atitudes e comportamentos dele em seu meio de trabalho e quanto isso pode influenciar no coletivo. É o ponto absoluto dos treinamentos comportamentais que, por sua vez, pretende aperfeiçoá-la.
Já a variável institucional é inerente ao sistema político-social da organização, ou seja, a forma com que ela arranja e organiza o trabalho das pessoas, a forma como ela remunera e compensa este trabalho, sua estrutura de poder, de comunicação, seus valores e cultura como organização.
O problema ocorre quando ocorre o investimento exclusivo em ações de treinamento sem preocupação com a variável institucional. Todo investimento em treinamento se bem administrado, é capaz de alterar, ou melhor, sugerir mudanças ao âmbito individual. Os esforços em mudanças devem obedecer aos propósitos nos dois âmbitos individuais e institucionais sinergicamente.
Portanto, o investimento isolado em programas de treinamento e desenvolvimento de pessoal pode representar um desperdício muito maior de recursos do que poderia parecer inicialmente, quando exploramos as razões triviais do seu fracasso.
A mudança pode ser provocada de duas formas nas empresas: através de alterações na variável individual ou institucional. Mas, sempre que não houver coerência entre elas, a mudança simplesmente não se efetivará. Nos casos de planos ousados de mudança organizacional, faz-se necessário, sem dúvidas, uma atuação conjunta e estruturada em ambas.
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